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PFA & SBT

O treino baseado em treino de habilidades é dedicado a pessoas que engajam, com severidade ou em alta intensidade, em comportamentos-problema. Esses comportamentos-problema podem incluir: autoagressão, heteroagressão e destruição de propriedade. 

PFA (Practical Functional Assessment)
A PFA é a primeira etapa da intervenção, envolvendo a realização de uma entrevista semiestruturada com os responsáveis objetivando a coleta de informações sobre os comportamentos-problema, onde eles ocorrem, sua frequência e intensidade.

Após essa etapa, é realizada a aplicação da IISCA (Interview-Informed Synthesized Contingency Analyses), um tipo de análise funcional que permite identificar quais comportamentos são emitidos antes da ocorrência dos comportamentos-problema de alta severidade, ou seja, os comportamentos precursores. Exemplos de precursores incluem: gritar, olhar fixamente ou colocar a mão na boca antes de apresentar um comportamento heteroagressivo.

A identificação desses precursores nos permite estruturar a intervenção que irá se basear no ensino de uma comunicação funcional e socialmente aceitável.

A proposta do SBT (Skill-Based Treatment) é trabalhar para substituir os comportamentos problemas de alta severidade que impedem a intervenção por uma comunicação funcional, essa comunicação pode ser através do uso de CAA (Comunicação Alternativa Aumentativa), por verbalizações, gestos ou apontar para uma figura disposta com o objetivo de apresentar uma recusa adequada do que foi solicitado. 

  • Identificar o contexto e o conjunto de interações que faz o aprendiz estar feliz, relaxado e engajado (HRE – Happy, relaxed and engaged), pois entendesse que aprendizes em HRE tendem a responder de maneira mais assertivas as intervenções.
  • Reduzir a ocorrência de comportamentos-problema que prejudicam o andamento da intervenção e trazem risco ao aprendiz, por meio do desenvolvimento de habilidades funcionais de:
    • Comunicação adequada;
    • Habilidade de tolerar negativas;
    • Renunciar reforçadores;
    • Fazer a transição de atividades prazerosas e momentos de lazer para demandas menos reforçadoras e
    • Desenvolvimento de habilidades sociais, cognitivas, acadêmicas, ocupacionais, entre outras.

Depois da realização da PFA e IISCA, é elaborado o caderno de intervenção/plano terapêutico, a implementação prática é realizada em etapas para substituirmos os comportamentos-problemas por uma comunicação funcional.

Dentro da sala de atendimento é realizado uma separação do ambiente: 

  • Ambiente de altas expectativas: Contém uma atividade / demanda que o aprendiz apresenta recusa para realizar e que normalmente evoca um comportamento problema. 
  • Ambiente reforçador: Todos os itens de preferência do aprendiz ficam disponíveis no ambiente.

Após a delimitação do ambiente e identificação dos comportamento precursores é iniciado o treino para o desenvolvimentos das habilidades funcionais.

A avaliação ocorre de acordo com o desenvolvimento do aprendiz, pode ser necessário reestruturações do plano de tratamento a depender do comportamento apresentado.

  • Esses comportamentos-problema, em grande parte dos casos, são provenientes de um histórico de reforçamento inadequado, na qual esses comportamentos foram reforçados como uma forma aceitavél de comunicação, ou seja, o aprendiz aprendeu que para conseguir o que deseja é mais rápido se apresentar um comportamento – problema. Devido a isso o envolvimento da familia é crucial para que seja possível realizar uma mudança comportamental efetiva. 
  • Aprendizes que apresentam alta intensidade e frequência de comportamentos problema.
  • Aprendizes com baixa adesão nos atendimentos.
  • Análise do comportamento aplicada ao transtorno do espectro autista / Ana Carolina Sella, Daniela Mendonça Ribeiro (Organizadoras). – 1. ed. – Curitiba: Appris, 2018. 323 p. ; 27 cm (PSI)
  • Luigi Iovino, Floriana Canniello, Roberta Simeoli, Maria Gallucci, Rosaria Benincasa, Davide D’Elia, Gregory P. Hanley & Anthony P. Cammilieri (2022): A new adaptation of the Interview-Informed Synthesized Contingency Analyses (IISCA): The performance-based IISCA, European Journal of Behavior Analysis, DOI: 10.1080/15021149.2022.2093596
  • Warner, C. A., Hanley, G. P., Landa, R. K., Ruppel, K. W., Rajaraman, A., Ghaemmaghami, M., Slaton, J. D., & Gover, H. C. (2019). Toward accurate inferences of response class membership. Journal of Applied Behavior Analysis, 53(1), 331-354. https://doi.org/10.1002/jaba.598
  • Rajaraman, A., & Hanley, G. P. (2021). Mand compliance as a contingency controlling problem behavior: A systematic review. Journal of Applied Behavior Analysis, 54(1), 103-121. https://doi.org/10.1002/jaba.758

Estudos relevantes:

  • Rajaraman, A., Hanley, G. P., Gover, H. C., Staubitz, J. L., Staubitz, J. E., Simcoe, K. M., & Metras, R. (2021). Minimizing escalation by treating dangerous problem behavior within an enhanced choice model. Behavior Analysis in Practice, 15(1), 219-242.
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