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Modelo Denver

O ESDM (Early Start Denver Model) é uma abordagem de intervenção precoce desenvolvida para crianças com autismo ou com sinais de atraso no desenvolvimento, entre 12 e 48 meses. Trata-se de uma intervenção comportamental, relacional e baseada em evidências, que integra princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) com práticas de desenvolvimento infantil e interações sociais naturais.

Foi criado pelas pesquisadoras Sally Rogers e Geraldine Dawson e é considerado um dos modelos mais eficazes para promover o desenvolvimento social, cognitivo, linguístico e adaptativo de crianças pequenas no espectro do autismo.

Os principais objetivos do ESDM são:

  • Estimular o desenvolvimento global da criança, incluindo áreas como comunicação, cognição, habilidades motoras e autonomia.

  • Aumentar as habilidades sociais e de linguagem por meio de interações naturais com adultos e pares.

  • Reduzir comportamentos desafiadores substituindo-os por comportamentos adaptativos.

  • Promover vínculos afetivos e engajamento entre a criança, seus cuidadores e profissionais.

Facilitar a inclusão escolar e social no futuro.

Abordagem individualizada: O plano de intervenção é personalizado, com metas específicas para cada criança, baseadas em sua avaliação inicial.

Interações naturais e lúdicas: As sessões são realizadas em um contexto de brincadeiras e interações sociais significativas, respeitando o interesse e a iniciativa da criança.

Integração entre áreas do desenvolvimento: O modelo combina o trabalho das áreas social, cognitiva, comunicativa e motora, de forma integrada.


Ambiente de aplicação: Pode ser realizado em clínicas, escolas, domicílio ou centros de desenvolvimento.

Avaliação inicial: São usados instrumentos específicos, como o Checklist Curriculum Denver e observações diretas da criança, para definir o nível de desenvolvimento e as áreas prioritárias.

Monitoramento contínuo: O progresso é acompanhado por registros por sessão de intervenção e reavaliações periódicas (a cada 12 semanas).

Adaptação das metas: Os objetivos e estratégias são ajustados conforme a evolução da criança.

 

O envolvimento da família é um dos pilares do ESDM:

  • Treinamento parental: Os pais aprendem a aplicar estratégias do modelo no dia a dia da criança.

  • Participação ativa: Pais e cuidadores participam das decisões terapêuticas e da aplicação das metas.

  • Co-regulação emocional: O trabalho com os pais também inclui suporte emocional e fortalecimento do vínculo com a criança.

Estudos mostram que quando os pais são parte ativa da intervenção, os resultados tendem a ser mais eficazes e duradouros.

  • Crianças entre 12 e 48 meses com diagnóstico confirmado ou suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Também pode ser útil para crianças com atrasos significativos no desenvolvimento social e comunicativo, mesmo sem diagnóstico fechado.

O ESDM é amplamente validado por pesquisas científicas:

  • Um estudo de referência publicado em 2010 por Dawson et al. na revista Pediatrics mostrou que crianças que receberam intervenção ESDM intensiva por dois anos apresentaram ganhos significativos em QI, linguagem, comportamento adaptativo e comportamento social.

  • É reconhecido pelo National Autism Center dos EUA e pela American Academy of Pediatrics como uma prática baseada em evidência para crianças com TEA.
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